Renascemos aqui para vivermos a nossa missão. Enquanto essa missão principal não entrar em andamento e não for concluída, tendemos a viver de certa maneira favorável ao seu cumprimento. Isso pode estar ligado aos seus medos, bloqueios, traumas, comportamentos… podendo terem sido criados nesta vida ou em vidas pregressas. Na maior parte dos casos, essa missão principal está diretamente ligada com a cura do nosso ser, ou seja, transformar nossas emoções densas em emoções mais positivas. Obviamente, não conseguiremos curá-las totalmente em uma única vida. Mas, precisamos começar, tentar, focar, esforçar… para, pelo menos, amenizar a situação, e não deixar esquecido, piorando ainda mais. Ter essa consciência já é o primeiro passo. Isso irá colocar as coisas ao seu favor… pois você está “dizendo” ao Universo que você está alinhado, se esforçando, cuidando disso, quer se melhorar… já é um bom começo.
 
No entanto, certos acontecimentos não muito agradáveis podem surgir como resposta. Não entenda mal. Isso fará com que você realinhe seu caminho, abandone o que tiver que abandonar, pare de fazer coisas erradas ou que não tenham nada a ver com sua vida, desafios podem surgir para te ajudar… por isso que dizem que quem começa a fazer sua reforma íntima, começa a atrair um monte de problemas. Quem procura, acha. E achará no fundo do seu ser, coisas que nem imaginava que existiam ou estavam guardadas há muito tempo. Muitas coisas negativas virão à tona, aborrecimentos, ressentimentos, lembranças… mas lembre-se de que tudo isso é necessário para o seu bem. Como iremos fazer uma limpeza se não enxergamos aonde está a sujeira, a bagunça, o caos?
 
Quando essa missão principal é cumprida por completo numa vida, nos libertamos, nos desapegamos do nosso corpo material. Em outras palavras, morremos, desencarnamos. Não há mais nada para fazermos aqui (com esta configuração de corpo físico que escolhemos nesta reencarnação). Temos outras coisas mais importantes para fazermos em outros planos. Retornamos ao mundo espiritual — nosso verdadeiro lar, e planejamos nossa próxima vida terrena, possivelmente, com outros propósitos curativos.
 
Quando cumprimos realmente uma parte da nossa missão, vencemos uma batalha contra nós mesmos. Coisas que antes não fluíam, começam a fluir… coisas que eram difíceis, começam a facilitar… coisas que éramos muito apegados, começamos a nos desapegar tranquilamente… pois tudo isso não faz mais sentido, não precisamos mais viver dessa forma antiga (para cumprir a tal missão). Assim como a vida era mais difícil no passado de todos nós: não havia internet, celular, delivery, informações, certas vacinas, cartão de crédito, energia elétrica, caneta… podemos dizer que quem viveu em épocas muito antigas e sobreviveu para vivenciar essas novas modernidades e facilidades, significa que superou certas inferioridades do seu ser (em vida material) e, como recompensa ou merecimento, pôde desfrutar de uma vida mais confortável. Já, quem viveu só por viver, um dia após o outro, só focado no mundo material, na luxúria, no prazer, desatualizado, descuidou-se do seu corpo físico… realmente teve uma vida mais curta, além de, provavelmente, não ter realizado o que combinou de fazer em vida.
 
Há um motivo para que adolescentes, crianças, bebês e jovens adultos desencarnem mais cedo: eles cumpriram seu propósito, nesses casos, um objetivo com duração mais curta que a maioria. O trabalho foi feito, chegou a hora de ir embora, está tudo certo. Ou, em casos menos comuns, a pessoa provoca sua própria morte, antecipando o planejamento previsto. Isso gera consequências graves para a própria alma, como se fosse uma quebra de contrato firmado, na qual a “multa” seria uma próxima reencarnação muito curta, difícil e sofrida.
 
Talvez você já tenha ouvido dizer: “ah, como ela era tão boazinha, foi morrer tão jovem…” sim, de fato, a pessoa poderia ter uma alma boa, correta, honesta… por isso, fez o seu papel nesta vida, terminou, deixou o seu legado e se foi. Agora, quem não cumpre o que veio realizar (porque não se autoconhece) ou fica meio que enrolando, atrasando, demorando, procrastinando… óbvio que levará mais tempo (até começar a cumprir)… viverá mais tempo… (não necessariamente querendo dizer que viveu intensamente todos os seus anos terrenos em prol do seu propósito). E pode ser que, infelizmente, muitos ou a maioria irão embora daqui, não porque cumpriu sua missão, e sim porque judiou tanto do presente (corpo físico) que recebeu do Criador, abreviando seu tempo, cheio de dores, doenças, vícios, futilidades…
 
*Não entenda missão principal como se fosse somente uma única coisa a ser realizada. Podem existir várias ramificações relacionadas com o propósito principal, e isso pode fazer com que a missão seja bem longa.