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Paula Teshima

Paula Teshima, descendente de japoneses, nasceu em 1984. É Psicanalista, Psicoterapeuta Holística, Escritora e Especialista em Neuropsicanálise pela ABEN. Através dos estudos em Neurociência Afetiva e Espiritualidade, ofereço um caminho de autodescoberta e transformação, integrando Ciência, Psicanálise e Espiritualidade em uma abordagem holística e sem cunho religioso. Meu intuito é ajudar cada pessoa a acessar a raiz de seus conflitos, despertar sua Consciência e se reconectar com sua Essência Divina.

O Preço de Ignorar a Realidade

Reprimir é uma estratégia que muitas pessoas utilizam, muitas vezes sem perceber, para lidar com os problemas que enfrentam — tanto os internos quanto os externos. Trata-se de uma tentativa de escapar de situações desconfortáveis ou de emoções dolorosas, escondendo-as da consciência. Em vez de encarar a realidade de frente, com coragem e reflexão, algumas pessoas optam por ignorar o que as incomoda, fingindo que os problemas simplesmente não existem. A princípio, isso pode parecer uma solução simples, uma forma de alívio momentâneo, mas a verdade é que a repressão raramente resolve alguma coisa de forma definitiva. Quando uma pessoa reprime seus sentimentos ou evita enfrentar os desafios da vida, ela cria um espaço ilusório de tranquilidade. É como se, ao ignorar…

O Perfeccionismo Como Máscara: A Busca Incessante Por Validação

Muitas pessoas dedicam grande parte de suas vidas a parecer boas, corretas e perfeitas aos olhos dos outros. Esse esforço constante, muitas vezes admirável à primeira vista, pode esconder uma motivação muito mais profunda: a busca por reconhecimento. E esse reconhecimento não se limita apenas a elogios ou aplausos presenciais; no mundo contemporâneo, ele também se manifesta em curtidas, comentários, seguidores e interações virtuais, tornando-se uma medida quase compulsiva de aceitação social. Por trás dessa necessidade de aprovação reside uma tentativa de preencher lacunas emocionais que não foram satisfeitas durante a infância. Quando crescemos em um ambiente seguro, cheio de afeto, atenção e validação genuína, desenvolvemos uma autoestima sólida. Nesse contexto, a necessidade de aprovação externa é mínima, pois aprendemos a confiar…

O Custo do Ideal Inatingível

Quando uma pessoa mantém uma imagem idealizada de si mesma elevada, frequentemente enfrenta um enorme desafio interno: equilibrar essa imagem com suas necessidades, desejos e impulsos. O ideal que ela construiu funciona como um padrão rígido, quase inatingível, e qualquer falha, qualquer desvio, é percebido como ameaça à sua integridade. Essa visão idealizada é reforçada por um superego severo, que atua como juiz interno, regulando comportamentos, pensamentos e sentimentos, e impondo limites extremamente rígidos. O superego rigoroso impede que a pessoa explore suas emoções e impulsos de forma consciente e saudável. Em vez de refletir sobre seus desejos ou frustrações, ela os reprime. Essa repressão não é neutra; é uma força ativa que mantém o indivíduo preso a uma estrutura interna rígida,…

A Jornada do Buscador

A hora de dormir é sagrada É o momento de voltar para dentro de ti Se reconectar com sua real essência Ser quem você é de verdade Só que isso acontece fora da Terra Onde tudo o que imagina se torna possível Sem censura, sem medo, sem julgamentos É o momento também de recarregar suas energias Para depois voltar ao plano material E colocar em prática Tudo o que aprendeu lá Você pode viver na Terra Acordado ou não Desperto ou não Viver de um modo adormecido É viver na rotina, no comodismo E no piloto automático Apenas reagindo a tudo o que acontece Sem refletir, sem analisar, sem aprendizado Será que vale a pena viver assim? Será que você está aproveitando…

Coisas acontecemQuando devem acontecerNem antes, nem depoisExatamente no agoraO único tempo que existeNeste UniversoTão vasto e tão abundanteO que você precisa a cada momentoÉ se manter conectado consigoCom quem você é de verdadePara cumprir o planejamentoDesta sua existência única e exclusivaNa qual você mesmo escolheuNa hora certa, no tempo idealCertas coisas vão se revelandoNa medida em que você é capazDe compreender e aceitar a verdadeE poder prosseguir na sua jornadaCom mais segurança e confiança em siObserve que tudo já é abundanteTudo já está disponível para tiBasta ter olhos para enxergarO que talvez você não queira ver, aindaPor isso, é preciso se prepararE estar disposto a receberO que você mereceO que já é seuO que está destinado a tiNão tema o que vierPois…

O Narcisismo Que Abraça a Alma

Amar a si mesmo é um caminho delicado, e nem sempre é o que parece. O narcisismo, muitas vezes, se disfarça de amor próprio, mas, na verdade, é amor pela imagem que projetamos ao mundo. O sujeito narcisista se encanta com o reflexo que acredita ser, e teme qualquer sombra que possa distorcer essa imagem. Cada falha, cada erro, cada fragilidade surge como uma ameaça, uma mancha que não deveria existir. Ele observa a própria vida através de um espelho polido, onde só cabem triunfos, virtudes, qualidades — tudo que confirma a grandiosidade de sua persona. Mas a vida, por natureza, é imperfeita. E as imperfeições existem não para nos destruir, mas para nos lembrar de que somos inteiros, complexos e humanos….

Ganhamos Consciência, Mas Perdemos o Paraíso

Antes de nascer, o bebê vive um estado de quietude profunda. No útero, ele dorme, conectado a uma realidade mais sutil, um espaço onde tudo é livre, ilimitado, infinito. Ao nascer, o sono continua sendo predominante: a criança ainda precisa de tempo para se adaptar à vigília, ao mundo físico. Aos poucos, ela desperta, torna-se mais presente, mais atenta à vida ao redor. Esse processo revela algo essencial: estar desperto é estranho para nós, pois viemos de outro lugar, de outro plano. Ganhar consciência significa conquistar o mundo físico, mas também deixar para trás um paraíso de liberdade absoluta. Para viver plenamente aqui, precisamos aceitar limites, enfrentar desafios e aprender lições que só a densidade deste planeta pode ensinar. Despertar não é…

Neurose: Repressão do Impulso Sexual

Pessoas que escolhem o celibato (padres, freiras, líderes religiosos, espiritualistas, etc.) podem acabar acumulando e retendo muita energia libidinal dentro de si, por conta da intensa repressão. No fundo, algumas dessas pessoas podem ter o anseio de buscar a satisfação sexual, mas de tanto reprimi-las, acabam acreditando que não existe mais nenhuma vontade. Se essa energia não for utilizada de alguma outra forma, poderá acarretar sérios problemas físicos e emocionais. Não é à toa que costumamos perceber nesses indivíduos um intenso afloramento da sua sexualidade, desde a puberdade, principalmente nos casos de famílias neuróticas. A energia sexual nos seres humanos existe para ser usada, consumida e direcionada, de preferência, para algo produtivo, edificante e positivo. Essa energia nos dá um gás para…

A Angústia da Não Integração

Talvez, a angústia que certas pessoas sentem tenha origem em algo muito mais profundo do que simples insatisfação com a vida ou incapacidade de lidar com as frustrações cotidianas. Em muitos casos, trata-se de uma dificuldade genuína de integração com os aspectos materiais da existência terrena. Há almas que, ao encarnar, parecem não conseguir se adaptar plenamente à densidade da vida física. Vivem como estrangeiras no próprio planeta, sentindo que não pertencem a este mundo. Essas pessoas têm grande sensibilidade, percebem o invisível, são movidas por ideais de beleza, amor e liberdade. Buscam algo que transcenda o imediato, o prático e o palpável. Por isso, o ritmo do mundo — com suas obrigações, limites, cobranças e imperfeições — muitas vezes lhes parece…

Melancolia: Integração Entre o Humano e o Divino

A alma melancólica carrega uma sensibilidade rara e profunda. É como se sentisse o peso do mundo e, ao mesmo tempo, a nostalgia do céu. O melancólico vive entre dois planos — o espiritual e o material — e sofre justamente por não conseguir integrá-los de forma harmoniosa. Ele sente demais, ama demais, sofre demais. Seu coração é vasto, mas seu ego é frágil, incapaz de sustentar a intensidade do que vivencia. Do ponto de vista psicanalítico, a melancolia é o resultado de uma perda não elaborada. O indivíduo, em vez de se desapegar do objeto amado, o introjeta dentro de si, tornando-se ele próprio o objeto perdido. Dessa fusão nasce um conflito interno: o sujeito passa a amar e odiar a…