Quando você fica cobrando e insistindo na mudança e melhoria do outro, na verdade, não é o outro que está com problema, é você mesmo. Essa atitude revela que você não aprendeu a aceitar o outro do jeito que ele é, diferente de você. E isso está te incomodando, te perturbando, tirando sua paz e paciência. Por isso, tenta mudar o outro para que o outro se comporte do jeito que você quer, ou seja, do mesmo jeito que você é ou faz as coisas. Aí você ficará tranquilo em conviver com o outro. Puro egoísmo. Será que o outro irá gostar de te agradar e não fazer as vontades dele? Claro que não. Coloque-se no lugar dele. Você também não gostaria de deixar de fazer suas vontades, ter os seus modos de fazer as coisas, só para agradar o outro e ele parar de te encher o saco. Quem aceita isso está se anulando por não ter poder pessoal de dizer não, ou está querendo algo do outro em troca.
 
A solução é praticar a aceitação. Simplesmente aceite o jeito do outro, mesmo que ele esteja fazendo coisas erradas. Você dá o seu conselho, seu alerta, seu aviso, uma ou duas vezes no máximo, mas se ele persistir no erro, o problema é dele. Você pode dormir em paz porque você fez a sua parte. A decisão de acatar o que você disse é do outro. Se você ficar repetindo várias vezes esse conselho, essa ajuda, aí você já está querendo mudar o outro e interferindo no seu livre arbítrio.
 
Aceite o jeito errado do outro porque cada um tem o seu tempo de acordar e corrigir o erro por si só. Não cabe a você nem ninguém mudar o outro. Ninguém é de ninguém. A forma mais eficaz e efetiva de mudar um hábito nocivo é quando a decisão da mudança surge de dentro da própria pessoa. Quando esse momento acontecer, acolha-a e respeite-a, porque ela estará de braços e ouvidos abertos para os seus conselhos.