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Paula Teshima

Paula Teshima, descendente de japoneses, nasceu em 1984. É Psicanalista, Psicoterapeuta Holística, Escritora e Especialista em Neuropsicanálise pela ABEN. Através dos estudos em Neurociência Afetiva e Espiritualidade, ofereço um caminho de autodescoberta e transformação, integrando Ciência, Psicanálise e Espiritualidade em uma abordagem holística e sem cunho religioso. Meu intuito é ajudar cada pessoa a acessar a raiz de seus conflitos, despertar sua Consciência e se reconectar com sua Essência Divina.

A energia da sexualidade e da criatividade são as mesmas. Podemos utilizá-la para uma prática sexual ou para pintar um quadro, por exemplo. Quem não conseguiu sublimar essa energia utiliza mais seus chacras inferiores, permanecendo numa vibração baixa a maior parte do seu dia. Além de não reconhecer seus dons, habilidades e talentos natos. Vive desconectado do seu Eu Superior e realiza um trabalho que não ama. Precisa imitar e seguir o que a maioria faz, porque não permitiu que o conteúdo inconsciente reprimido viesse para sua consciência.

Quando escolhemos sublimar nossa energia sexual, estamos deixando de ser egoístas e passamos a ser altruístas. Ao invés de somente nós (eu e o outro) nos satisfazermos com essa energia, direcionamos-a para o mundo, beneficiando e alcançando milhares de pessoas através de um trabalho que amamos de verdade. Essa é ascensão da Kundalini. Permitimos que essa energia não fique retida nos chacras inferiores e suba para os chacras superiores, iluminando a mente e o coração da humanidade.

O neurótico é aquele indivíduo que fica só reclamando, fantasiando seus desejos e não age. Ou seja, não busca formas de mudar a sua realidade e materializar seus sonhos. Na verdade, ele tem mais medo da vida terrena do que concretizar seus desejos. Por isso, ele vive fugindo para as fantasias criadas na infância, que lhe proporcionam intensos prazeres.

Todo mundo possui fantasias, especialmente no campo da sexualidade, porque não aprendemos a viver conectados com nossa real essência. Assim, constantemente nos sentimos insatisfeitos, desconfortáveis e vazios por dentro. Desde criança, aprendemos que não podemos fazer tudo o que queremos, então buscamos as fantasias para tentar aliviar nossos sofrimentos.

O melhor destino para grande parte dos seus desejos é a própria manifestação; ou por meio da sublimação, ou seja, direcionando-a para algo nobre. Quando nega ou rejeita esses desejos, está reprimindo, deixando de compreender o que há por trás dessas vontades. Nenhuma ideia nos chega por acaso, sempre existe uma razão. E nunca saberemos qual é, se não decidirmos colocar em prática e, depois, compreendermos as lições e as transformações necessárias para o nosso crescimento interior.

A neurose se torna um refúgio, o “local” onde a pessoa vai para se sentir protegida. Só que ela não percebe que está se direcionando para uma realidade muito pior ao qual já se encontra. Ela acredita que é melhor adoecer do que manifestar o que reprimiu. Crê, que adoecer é permitido, mas os ideais do ego não podem ser violados de forma alguma.

O indivíduo se torna neurótico quando, na vida adulta, lhe falta a satisfação de suas necessidades sexuais. Como não se permite desfrutá-lo de outras maneiras, inconscientemente recorre à via dos sintomas. Nem todos os frustrados sexualmente se tornam neuróticos, mas em toda neurose há questões sexuais não resolvidas. E quem se sente satisfeito sexualmente, dificilmente desenvolverá a neurose.

Quanto mais se permitir satisfazer-se com as diversas oportunidades que a vida lhe dá, menores as chances de recorrer a neurose (como o último recurso disponível). A repressão excessiva faz com que o indivíduo feche todas as portas, exceto a porta da doença, que estará sempre aberta e disponível. Lembre-se: não existe repressão contra a neurose. Essa, infelizmente, é a solução que ele encontra para não enlouquecer de vez.

Quando criança, o neurótico ficava muito preocupado em atender aos desejos repressivos dos pais – ser puro, correto, boazinho, etc. Assim, ele internalizou esse jeito repressivo e passou a olhar a sua sexualidade infantil com maus olhos. Por outro lado, crianças que foram criadas em ambientes mais acolhedores e saudáveis, aceitarão e vivenciarão seus impulsos sexuais normalmente, não precisando recorrer à neurose.

O que o neurótico precisa para deixar de ser neurótico: receber uma boa educação emocional para flexibilizar os intensos pensamentos repressivos que carrega. A psicanálise espiritualista pode ajudá-lo a rever, com consciência, seus padrões mentais distorcidos e enraizados há muito tempo. Assim, a pessoa pode voltar a se reconectar com seu eu verdadeiro, expressando sua natureza divina.