Despertos Costumam Ter um Ego Frágil

Um ego forte, bem construído, consolidado e “concluído” durante a infância, apesar de fazer o indivíduo se sentir seguro, confiante e amado, poderá ter mais dificuldades de se abrir para o novo, mudar seus valores e padrões internalizados há muito tempo. Ao passo que, se compararmos com um ego frágil, apesar das dores e traumas vivenciados, poderá ter um pouco mais facilidade em internalizar novos padrões comportamentais, morais e éticos. Assim, o indivíduo permanece aberto, sendo influenciado pelas pessoas e pelos ambientes que, sabiamente, escolhe experienciar ao seu redor. Talvez, isso seria interessante para as pessoas que vieram passar pelo seu despertar interior, pois, escolheram vivenciar uma infância complicada para aflorar as questões que vieram trabalhar – fragilizando seu ego, porém, posteriormente, buscariam ideais e valores mais condizentes com a sua alma, facilitando a consolidação desse árduo processo. Isso mostra o quanto que essas pessoas estão voltadas para o seu interior, tentando cuidar do próprio ego que ainda está em construção. No entanto, nos casos patológicos, tendem a se interessar demais pela vida alheia, foge de si mesmo, repete incansavelmente seus aspectos disfuncionais, sem perspectiva de mudar a sua realidade.

Paula Teshima

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