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Paula Teshima 0 7

Certas pessoas dizem que a Psicanálise é contrária à sociedade, porque joga luz sobre o que deveria permanecer na sombra. Não compreendem, infelizmente, que os benefícios gerados são muito maiores do que permanecer inconsciente, sofrendo com dores e doenças a vida inteira. Não percebem que, quanto mais reprimirem o que não querem, mais se torna um desejo intenso de saciá-lo. Mas, quando são trazidos à luz da consciência, esses impulsos podem diminuir consideravalmente. O apego satisfatório ao ego negativo ofusca a visão da pessoa, não deixando enxergar com clareza um caminho mais saudável.

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Paula Teshima 0 8

Certas pessoas podem ser opostas à Psicanálise, pois acreditam que ela possa fazer mal às pessoas e à sociedade, pelo fato de trazer à tona os impulsos negativos reprimidos. Creem que, ao invés de educarem as pessoas para serem do bem, serão seres monstruosos, cheios de desejos perversos. Portanto, isso precisa ficar reprimido num lugar seguro – o inconsciente. Isso é apenas uma crença difundida, principalmente, nos meios religiosos, gerando muito medo em seus seguidores, caso deixem de seguir suas normas religiosas. Na verdade, a causa dos diversos males da humanidade é justamente a repressão, a proibição, as crenças negativas,…

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Paula Teshima 0 8

Partindo do pressuposto de que nada acontece por acaso, existem significados e motivos para as coisas se manifestarem da forma como são. Então, nenhum sonho, pensamento, sentimento, são aleatórios. Existem pensamentos no inconsciente que giram em torno das fantasias infantis reprimidas. No inconsciente, não há negação, ordem cronológica e tudo acontece ao mesmo tempo. Entretanto, o inconsciente acaba virando um “lixão”. Tudo o que não aceitamos e permitimos na nossa vida, jogamos nele. Cria-se, então, uma energia densa, contida e negativa, que uma hora irá “explodir” com toda força e potência.

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Paula Teshima 0 9

Na psicanálise, não é necessário nenhuma técnica para facilitar a transferência do paciente para o psicanalista. Basta se apresentar de forma neutra, imparcial e passiva. O paciente é o protagonista e o psicanalista é o telespectador da sessão. Ele só pode transferir seus conteúdos reprimidos para o analista, se este deixar espaços vazios. Ou seja, não expor suas opiniões, histórias e problemas pessoais. Em outras palavras, é ter uma postura de abstinência – querer falar algo, mas escolhe não falar, deixando o próprio paciente refletir e buscar suas conclusões.

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Paula Teshima 0 7

O neurótico é aquela pessoa que goza sem saber. Ela não sabe que está satisfazendo seus desejos reprimidos através das dores e doenças que apresenta. Ela prefere, inconscientemente, adoecer do que realizar aquilo que seu ego não lhe permite de forma alguma. O conteúdo reprimido não quer permanecer a vida toda rejeitado, excluído, ignorado. Por isso, quanto maior for a repressão, mais intenso serão os sintomas (pedido de socorro). Em outras palavras, a doença vem da fuga da verdade que a pessoa não está disposta a encarar.

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Paula Teshima 0 16

A neurose ocorre quando o indivíduo se refugia nas suas fantasias infantis para fugir dos acontecimentos cotidianos nas quais não consegue lidar. Já, o não-neurótico, também pode recorrer às suas fantasias, mas ele não se desconecta da realidade física, porque ele procura alguma forma de manifestar seus desejos. Mas o neurótico não pode manifestá-los, por querer mostrar a imagem de uma pessoa santa, perfeita, pura, certinha e seguir fielmente as leis que ele mesmo escolheu acreditar.

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Paula Teshima 0 7

O sadismo está muito presente na neurose obsessiva, possuindo a fantasia de querer dominar o outro. Todos os sintomas do TOC, por exemplo, são tentativas de controlar a si mesmo, as pessoas, os objetos, as situações, etc. Como o indivíduo não se permite ser sádico com os outros, acaba provocando dor e sofrimento para si mesmo. Possivelmente, foi vítima de alguém muito dominante na infância e levou esse comportamento submisso para sua vida adulta. Por conta da intensa repressão, acaba manifestando, disfarçadamente, seu desejo de ser uma pessoa empoderada, através dos seus sintomas.

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Paula Teshima 0 14

É importante que você tenha o desejo ou o impulso de concretizar suas fantasias de alguma forma. Porém, se existir esse tipo de pensamento: “Não, isso jamais faria” ou “Isso eu tolero, mas quero ficar bem longe disso”, ou ainda, há o desejo de voltar no passado para mudar o que aconteceu de ruim; estará se encaminhando para a manifestação neurótica. É preciso trabalhar a sua forma de pensar sobre essas proibições e negações que aprendeu durante a infância. É aprender a renunciar ao movimento repressivo de negação.

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Paula Teshima 0 14

Toda vez que você nega/rejeita/exclui os acontecimentos que julga serem negativos, do seu passado e do presente, uma parte sua é perdida ou fragmentada. O negativo não existe sem o positivo, e vice-versa. O negativo faz parte do seu crescimento interior, do seu propósito e da sua vida. É exatamente aquela parte ruim que te motivou e impulsionou a buscar algo melhor. Ao negá-lo, está dizendo que isso não pode fazer parte da sua vida, então, não poderá continuar desfrutando das coisas boas do hoje. E estas começarão a se desintegrar, desaparecer, dar algum problema.

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Paula Teshima 0 11

No fundo, estamos a todo momento tentando concretizar nossas fantasias criadas na infância. Inconscientemente, convocamos o outro para jogar o jogo do nosso ego negativo. Poucos não topam (despertos), mas a maioria (não-despertos) caem nesse jogo porque vivem no piloto automático, replicando tudo o que recebem, sem refletir, analisar ou filtrar. Estamos transferindo nossos desejos infantis para que o outro desempenhe um determinado papel. Assim, concretizamos aquelas fantasias infantis (reprimidas) e nos sentimos “bem”.

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